Todos temos de aprender

“Todos temos de aprender” é uma viagem silenciosa e onírica pela dependência das relações. Cruzando performance, simbolismo e imagens surreais, o filme explora o que resta de nós para além das ligações a que nos fixamos.

Situado em locais ao mesmo tempo belos e anacrónicos, a narrativa segue os vestígios de um amor perdido, evocando uma necessidade profunda de finais felizes.

Neste filme, um telefone antigo é o símbolo da persistência, e as cores espelham a turbulência emocional.

O filme nasce do desejo de explorar como a comunicação se transformou silenciosamente em algo simultaneamente essencial e amaldiçoado.

Vive-se num tempo em que estar contactável não é apenas esperado, é constante. Dentro de toda essa ligação, vence o silêncio, a espera, a ansiedade.

Neste filme interessava representar esta enorne contradição entre o estar e a ausência.

Em vez de abordar o tema do isolamento através do diálogo ou da narrativa clássica, o filme segue uma abordagem abstracta e onírica. “Todos temos de aprender” é memória e presente, ligação e solidão, o resíduo emocional de chamadas perdidas, mensagens sem resposta e o peso psicológico de estar-se sempre à espera, disponível. 

Através da música, da luz e de um ritmo fragmentado, o filme pode ser sentido como uma memória ou um sonho evasivo.

Todos Temos de Aprender (2019)

Devido a direitos de autor musicais, existem duas versões deste filme, utilizando diferentes músicas como base narrativa.

Primeira alternativa musical: foi utilizada uma versão dos “The Field” do tema “Everybody’s got to learn sometime” (editada) interpretada por Axel Willner, um produtor sueco de música eletrônica de Estocolmo e atualmente baseado em Berlim, misturando micro-amostras de canções pop em techno minimal e atmosférico. A canção original dos anos 1980 foi escrita por James Warren e tocada pela primeira vez pela banda pop The Korgis.

Segunda alternativa muscial: Feita a partir de uma versão editada e transofrmada do projeto “Distant Moon” que interpreta o tema “Scarborough Fair”, e que se trata de uma balada tradicional inglesa em que são impostas tarefas impossíveis a um antigo amante, a canção transforma se numa metáfora do inalcançável. (Esta versão está offline, devido a submissão a festivais).